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Guerras Coloniais no Ultramar Português

- Índia: 1955 a 1961 –

- África: 1961 - 1974

Homenagem aosCombatentes da Freguesia de Montalvão

A Junta de Freguesia de Montalvão (JFM), presidida por José da Silva Possidónio, realizou no dia 4 de outubro de 2020 a justa e merecida homenagem, há muito devida aliás, aos militares de Montalvão e Salavessa, jovens de então, que combateram nas mais importantes possessões do antigo Ultramar Português, um dos maiores e mais longevos impérios coloniais.

Trata-se de uma iniciativa perspetivada há cerca de dois anos pelo Executivo da JFM, mas que, por razões várias, só agora foi possível concretizar. Em boa hora o fez, tendo em conta a grande recetividade que acolheu, não só pelos antigos militares sobrevivos, como pelos familiares e população em geral.

Tal homenagem justifica-se pelos sacrifícios que uma determinada geração de jovens de Montalvão e Salavessa - a par de todo o país, aliás – fizeram por Portugal, estando ou não de acordo com a chamada “Guerra de África” ou “Guerrado Ultramar”, compreendendo melhor ou pior as razões políticas que levavam o Governo de então a perpetuar uma guerra com um fim anunciado. Todos percebiam que esse final teria de chegar um dia, apesar da obstinação do Governo em a querer manter a todo o custo. Ao longo dos anos em que a mesma decorreu, entre 1961 e 25 abril 1974, foram dezenas e dezenas de conterrâneos nossos que sucessivamente combateram no Ultramar português ou que, embora não tendo estado em pleno teatro de guerra, participaram na retaguarda, todos sendo convocados para cumprir o serviço militar nos três ramos das Forças Armadas: Exército, a maioria, Marinha e Força Aérea.

É também comum apelidar-se aquela guerra como “Guerra Colonial”, por igualmente se classificarem os territórios ultramarinos - Angola, Moçambique, Guiné, Timor, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Macau, e ainda a Índia Portuguesa - como “colónias”.

O conflito armado nas nossas possessões da Índia (Goa, Damão, Diu e outros pequenos territórios) foi o precursor da mais vasta, mais duradoura e mais devastadora Guerra do Ultramar. Viria a ter menor duração, como desenvolvido no texto complementar editado em anexo.

Perante o que se passava nos territórios africanos e aconteceu na Índia, São Tomé e Príncipe, situada em pleno Oceano Atlântico, frente ao continente africano, não poderia ficar imune à influência dos movimentos de libertação contra o domínio português. Em 1972, o MLSTP- Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, ficou formalmente constituído, com inspiração marxista, mas nunca desencadeou qualquer conflito armado. Após o 25 abril de 1974, em dezembro deste ano, o Governo de São Tomé e Príncipe recebeu o poder das mãos do Terceiro Governo Provisório de Portugal (30 de setembro de 1974 a 26 de março de 1975), liderado pelo General Vasco Gonçalves. A independência seria adquirida em 12 julho 1975.

Por sua vez, a libertação de Cabo Verde e da Guiné, encabeçada pelo PAIGC-Partido Africano pela Independência de Guiné e Cabo Verde, desenrolou-se exclusiva e violentamente em território guineense.

Na época, a comunidade internacional classificava pejorativamente Portugal como um país colonizador, com o estigma correspondente, mas justificadamente. Muitos dos antigos países que estiveram nas mesmas circunstâncias colonizadoras, como a Alemanha, a França, a Bélgica, a Holanda ou o Reino Unido, por exemplo, abandonaram anos antes essa condição – por si próprios ou pela força das armas -, concedendo a almejada autonomia às populações autóctones.

Foram muitas as frentes de combate, de combates violentos e mortíferos[1], ao longo de treze intermináveis anos, a que só a “Revolução dos Cravos”, em 25 de abril de 1974, pôs um ponto final, possibilitando não só a independência negociada daqueles povos africanos, como a libertação de Portugal de uma ditadura opressora com cerca de cinquenta anos.

O processo de Timor revestiu-se de contornos bem diferentes. Tendo adquirido a independência de Portugal em 1975, tal como os restantes territórios ultramarinos, foi depois objeto da invasão, ocupação territorial e anexação (colonização) pela Indonésia, o que só anos mais tarde veio a ser dolorosamente resolvido com o fim da ocupação em maio de 2002, como muitos de nós ainda estamos bem lembrados.

Contudo, já antes dos conflitos em África, Portugal se tinha visto envolvido num outro pela libertação dos territórios ultramarinos da antiga Índia Portuguesa, como aludido antes. Este duraria, interpoladamente, entre 1955 e 1961, ano em que aqueles domínios indianos foram anexados pela Índia. Tratou-se, portanto, de uma “Guerra Colonial” ou do “Ultramar”, tal como as outras assim apelidadas e nela combateram igualmente militares da Freguesia de Montalvão.

Restaria falar de Macau, mas aqui nada do que anteriormente referimos como conflito aconteceu. Como todos nos recordamos ainda, Macau manteve-se como território português até dezembro de 1999, passando posteriormente a integrar a República Popular da China, na sequência de um processo de transição negociado entre Portugal e a China.

Ao todo faleceram em contexto de guerra quatro conterrâneos nossos* e desde então muitos outros faleceram por contingências da vida. Outros, porém, felizmente, encontram-se sobrevivos, entre os quais alguns, poucos, dos que combateram na Índia, podendo presenciar ainda em vida a homenagem que lhes era devida, como as fotos ao lado testemunham.

Sobre a identificação dos que combateram em África, sugere-se a consulta do livro“Os Militares de Montalvão e Salavessa na Guerra do Ultramar”, da autoria do nosso conterrâneo José da Graça de Matos, Capitão da Força Aérea Portuguesa, também ele cumprindo várias comissões de serviço em África.

Relativamente à Índia, participaram ao todo oito mancebos da Freguesia. Quatro de Montalvão e quatro da Salavessa, cuja identificação segue:

- Montalvão:

- António Manuel, soldado; falecido.

- Joaquim Maria Branco; soldado; falecido

- Joaquim Sequeira Marques (Joaquim Adélio), soldado; sobrevivo.

- Salavessa (todos vivos):

- Aníbal Henriques Pires; furriel; reformado como capitão.

- António José Dias; furriel.

- Joaquim Nunes Vitorino Rolo; 1º cabo.

- João Maria Gonçalves; 1º cabo; reformado como capitão.

Foi em memória de todos eles e para que o reconhecimento dos sacrifícios que fizeram pela Pátria perdure ao longo dos anos e jamais sejam esquecidos pelas gerações vindouras, que se realizou esta homenagem singela, através do descerramento de uma placa evocativa, o que calou bem fundo no coração de todos os montalvanenses e salavessenses.

Para maior dignificação dos homenageados foi escolhida a Praça da República, pelo simbolismo que lhe corresponde, já que ali se encontra o edifício onde funcionou o Município de Montalvão até 1836, e ser a praça que ao longo dos anos testemunhou tantos episódios que convocam a memória popular.

 

* In Memoriam

- Joaquim Possidónio Relvas Ferro, de Montalvão; furriel miliciano; falecido em Angola, por acidente de viação.

- José Belo Pires, de Salavessa; 1º cabo; falecido em Angola, por acidente.

- Manuel da Costa Sacramento, de Montalvão; soldado; falecido na Guiné, por rebentamento de mina.

- Raul Pelecas Sereno, de Montalvão; alferes miliciano; falecido em Moçambique, por rebentamento de mina.

 

Luís Gonçalves Gomes

 4 de outubro 2020.

 

 

Fontes bibliográficas: informação geral não especificada


1-Perderam a vida cerca de 9000 militares portugueses e muitos outros ficaram estropiados ou psicologicamente afetados para o resto das suas vidas.

2-A foto imediatamente abaixo da da placa comemorativa, corresponde ao memorial erigido em 1991 junto ao Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa. Este Monumento aos Combatentes do Ultramar destina-se a homenagear todos os militares que combateram na Guerra de África. Nas paredes que o envolvem estão inscritos todos os nomes dos que faleceram em defesa da Pátria, neles se incuindo os suprareferidos da Freguesia de Montalvão.

Video 1

Video 2

 

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